domingo, 26 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo!

A Percepção deseja um Feliz Ano Novo a todos os habitantes do planeta.
Especialmente dedicado aos habitantes portugueses fica um fogo-de-artifício lisboeta.

Snow blizzard

Há 63 anos, a 26 de Dezembro de 1947, caía em Nova Iorque um nevão que ficaria gravado na memória de muitos americanos. Em apenas 16 horas, as ruas da cidade atingiam os 66 cm de espessura de neve. Deixo uma imagem desse dia.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Yule

O nome "Yule" deriva da palavra nórdica "yula", que significa roda, e é associado ao Solstício de Inverno - o dia mais curto e a noite mais longa do ano. É um Sabbat próprio para a reflexão, para recordar e para celebrar o regresso da luz, que em breve irá de novo fertilizar e aquecer a terra. É o dia em que se festeja o Sol, o trovão e as deidades do fogo.

Nas ruas eram acesas grandes fogueiras enquanto que dentro de casa se acendiam os troncos de Yule, numa forma simbólica de "ajudar" o Sol a fortalecer-se. Os troncos queimados e as suas cinzas eram guardados como talismãs contra os raios e os incêndios.

O tronco de Yule, de madeira de freixo, era acendido na noite do Solstício, e deveria ficar aceso à primeira tentativa. Para cumprir o ritual, teria de se conservar aceso durante doze horas para dar sorte. A árvore enfeitada é uma variante do tronco, onde se acendem velas em vez de se queimar a madeira. Abater uma árvore para a trazer para dentro de casa é já um sacrilégio em relação ao conceito original, que é o de honrar os deuses enfeitando uma árvore de folha perene, mas uma árvore viva, enraizada.

O costume de trocar prendas nesta data também é próprio das tradições de Yule. As pessoas costumam dar presentes umas às outras para assinalar a passagem dos ciclos de vida, ou seja, sempre que se completa mais um ano de vida, quando nasce uma criança, quando há um casamento e nos sucessivos aniversários da data, e até na morte, com oferendas ao defunto (actualmente, missas e flores).

Em Yule, é o ciclo do Deus Sol que se comemora. É a partir do Solstício de Inverno que os dias vão começar a crescer, portanto é esta a data do seu "nascimento" - daí a ideia das pessoas trocarem prendas, para comemorarem mais um ano todos juntos.

Muitos dos costumes cristãos nesta época derivam das tradições celtas. Uma tradição oriental conta que Maria deu à luz no vigésimo quinto dia, mas não refere em que mês. No ano 320, os sacerdotes romanos escolheram o mês de Dezembro, de forma a fazer coincidir a festa cristã com a dos celtas e saxões ( fazer o calendário religioso coincidir com o dos povos conquistados era uma boa forma de conseguir adeptos, ou pelo menos, simpatias). Em 529, o imperador Justiniano impôs o 25 de Dezembro como feriado obrigatório e em 567, o Concílio de Tour alargou o Natal aos doze dias que vão de 25 de Dezembro a 6 de Janeiro, a Epifania, pelo que, na Idade Média, Natal não designava um só dia, como actualmente, mas todo esse período de doze dias.

Algumas tradições comemoram a Deusa sob a forma da Mãe que dá à luz o Deus Sol. Muitos pagãos também armam um presépio em casa, dando às três figuras um sentido diferente: a Mãe Natureza, o Pai Tempo e o Deus Sol recém-nascido. Outros celebram a vitória do Senhor da Luz sobre o Senhor da Escuridão.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

sábado, 18 de dezembro de 2010

Os meus filmes


Roma, Cittá Aperta, Roberto Rossellini (1945)

Roma, Cittá Chiusa


Esta coisa de ser património de toda a gente do planeta tem os seus custos e, sendo normalmente os nativos que os pagam, em Roma vai passar a ser comparticipado também por quem visita.
Ao que parece, quem viajar para Roma a partir de 1 de Janeiro passará a pagar uma nova taxa por cada noite que passar na capital italiana, até um limite máximo de dez noites.
Determinado pela Comuna da cidade, o valor será de três euros por noite por pessoa, em hotéis de quatro ou cinco estrelas, e de dois euros em alojamentos de outro tipo.
Para uma família de quatro pessoas que passe quatro noites em Roma pode representar uma despesa adicional ainda relevante.
Dá-me ideia que os romanos aprenderam com o exemplo dado por certos irredutíveis gauleses e nos estão a querer dizer que "estes turistas são loucos!".

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Pink Panther
















Blake Edwards, mestre do burlesco e que tanto fez rir, morreu hoje, aos 88 anos, na sua casa de Los Angeles. Prestamos-lhe aqui a nossa homenagem.

domingo, 12 de dezembro de 2010

E até que podia muito bem...

... aninhar-me no sofá e ter hoje uma tarde hitchcockiana revendo clássicos como The 39 Steps, Shadow of a Doubt, Rebecca ou ainda Lifeboat.

Shadow of a Doubt, de Alfred Hitchcock, 1943

sábado, 11 de dezembro de 2010

Sugestão cinematográfica

Exemplo do género Sinfonias de Cidades (ou Capitais), Berlin: Die Symphonie der Großstadt, realizado no ano de 1927 por Walther Ruttmann, teve direito a participação de Carl Meyer no argumento e a uma estimulante banda sonora escrita por Edmund Meisel. O filme retrata a vida de Berlim, através das impressões visuais de uma sequência de acontecimentos do dia da cidade, num estilo semi-documental, desprovido do conteúdo narrativo do cinema mainstream da época.
A obra desenvolve-se em V actos, a não perder, e tem a duração de 65 minutos.

Berlin: Die Symphonie der Großstadt, Walther Ruttmann (1927)

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

E até que podia muito bem...

... estar agora a sair da Lello para descer a Gaia e jantar uma francesinha.

Novidade

A Percepção estreia hoje a nova rubrica:
E até que podia muito bem...

domingo, 5 de dezembro de 2010

Percepção Ilusória

Podemos encontrar na Internet inúmeros exemplos de manipulações de filmes que resultam na subversão do sentido original da obra. Estes exercícios, denominados trailer recut, quando bem feitos, conseguem conferir um significado oposto ao original, e até verosímil para quem não conhece o original.Vejamos como o clássico da Disney Mary Poppins se transforma num assustador filme de terror...