domingo, 29 de maio de 2011

A Invencível Armada


A Invencível Armada, com 130 navios e 30 000 homens, começa a levantar âncora de Lisboa rumo ao Canal da Mancha.
No espanhol antigo: Grande y Felicíssima Armada, também chamada de la Armada Invencible ou the Invincible Fleet, com alguma ironia, pelos ingleses do século XVI, foi a frota naval reunida pelo rei Filipe II de Espanha, em 1588, na tentativa de pôr fim à sua guerra contra a Inglaterra. A Batalha de Gravelines foi a maior batalha da Guerra Anglo-Espanhola e a tentativa de Filipe II de Espanha se impor a nível mundial no domínio dos mares mas, contra as expectativas, terminou com a vitória dos britânicos.

28 de Maio na História de Portugal

A Revolução de 28 de Maio de 1926, Golpe de 28 de Maio de 1926 ou Movimento do 28 de Maio, também conhecido pelos seu herdeiros do Estado Novo por Revolução Nacional, foi a manifestação militar de cariz nacionalista e antiparlamentar que pôs termo à Primeira República Portuguesa, levando à implantação da auto-denominada Ditadura Nacional, depois transformada, após a aprovação da Constituição de 1933, em Estado Novo, regime que se manteve no poder em Portugal até à Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974.
A revolução começou em Braga, comandada pelo general Gomes da Costa, sendo seguida de imediato em outras cidades como Porto, Lisboa, Évora, Coimbra e Santarém. Consumado o triunfo do movimento, a 6 de Junho de 1926, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, Gomes da Costa desfila à frente de 15 mil homens, sendo aclamado pelo povo da capital.
Deixo aqui uma imagem desse dia.
Ficheiro:Desfile de tropas 28 de Maio 1926.jpg

quarta-feira, 25 de maio de 2011

FC Porto vence Taça de Portugal 2011

A Percepção do Mundo felicita o Futebol Clube do Porto pela conquista da Taça de Portugal de 2011.

Homenagem a Robert Capa

Há 57 anos, morria Robert Capa, um dos mais marcantes fotógrafos de sempre.
Deixo aqui uma das mais importantes imagens por si obtidas, durante a Guerra Civil Espanhola, "Morte de um Miliciano"

sexta-feira, 20 de maio de 2011

FC Porto vence UEFA Europa League 2011

A Percepção do Mundo felicita o Futebol Clube do Porto pela vitória na Liga Europa.

sábado, 14 de maio de 2011

A um Jovem Poeta

Este ano, o Prémio Camões,o mais importante galardão de língua portuguesa, foi atribuído ao jornalista e escritor português Manuel António Pina. Deixo aqui um poema seu: A um Jovem Poeta.

Procura a rosa.
Onde ela estiver
estás tu fora
de ti. Procura-a em prosa, pode ser

que em prosa ela floresça
ainda, sob tanta
metáfora; pode ser, e que quando
nela te vires te reconheças

como diante de uma infância
inicial não embaciada
de nenhuma palavra
e nenhuma lembrança.

Talvez possas então
escrever sem porquê,
evidência de novo da Razão
e passagem para o que não se vê.


Manuel António Pina, in "Nenhuma Palavra e Nenhuma Lembrança"

Homo Sapiens = 11 bolas de ténis



O cérebro humano encolheu em 30.000 anos e o fenómeno intriga antropólogos, cuja maioria aposta mais na hipótese de se tratar de um efeito da evolução face a sociedades mais complexas, do que de um sinal de embrutecimento.
De acordo com a France Presse, que cita trabalhos científicos recentes, ao longo de 30.000 anos o volume médio do cérebro do homem moderno – homo sapiens – diminuiu cerca de 10 por cento, de 1.500 para 1.359 centímetros cúbicos, o equivalente a uma bola de ténis.
As medidas foram feitas a partir de cérebros encontrados na Europa, no Médio Oriente e na Ásia, explicou o antropólogo John Hawks, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
"Chamo a isto uma redução essencial e uma piscadela de olho à evolução", declarou o especialista numa recente entrevista à revista ‘Discover’.
Segundo alguns antropólogos, tal redução não é assim tão surpreendente, na medida em que quanto mais forte e musculado mais tempo leva a inteligência a controlar essa massa.
O homem de Neandertal, um ‘parente’ do homem moderno desaparecido há 30.000 anos por razões ainda não totalmente clarificadas, era mais forte e tinha um cérebro maior. O homem Cro-Magnon, que pintou as paredes da caverna de Lascaux há cerca de 17.000 anos, foi o Homo Sapiens com maior cérebro. Era igualmente mais forte do que os seus descendentes.
"Tais recursos eram necessários para sobreviver num ambiente hostil", sublinha David Geary, professor de psicologia da Universidade de Missouri (Estados Unidos) e autor de trabalhos sobre o desenvolvimento do cérebro humano ao longo dos anos.
Partindo desta constatação, o investigador estudou a evolução da dimensão do crânio, no período compreendido entre há 1,9 milhões e 10.000 anos atrás, e como os nossos antepassados viviam em processos sociais mais complexos.
Partiu do princípio de que uma maior concentração humana era importante, pois haveria maior intercâmbio entre grupos, maior divisão de trabalho e interações mais ricas entre os vários indivíduos.
O investigador constatou igualmente que o tamanho do cérebro diminuía quando a densidade populacional aumentava.
"De facto, na emergência de sociedades mais complexas, o cérebro humano tornou-se mais pequeno porque os indivíduos não têm a necessidade de tanta inteligência para sobreviverem, são ajudados pelos outros", explica David Geary.
Contudo, esta redução do cérebro não quer dizer que os homens modernos são mais idiotas do que os seus ancestrais. Desenvolveram foi outras formas de inteligência mais sofisticada, insiste, por seu lado, Brian Hare, professor adjunto de antropologia na universidade de Duke (Carolina do Norte).
O especialista faz ainda um paralelo entre os animais domésticos e os selvagens. Assim, os lobos de Alsácia (pastor alemão) têm um cérebro mais pequeno do que o dos lobos, mas são mais inteligentes e sofisticados porque compreendem os gestos de comunicação entre os homens.
"Isto mostra que não há relação entre o tamanho do cérebro e o quotidiano intelectual", que se define sobretudo pela capacidade de induzir e criar, insiste Brian Hare.
Cita ainda o exemplo dos chimpanzés, agressivos e dominadores, que têm um cérebro maior do que os macacos bonobos, mais ‘civilizados’ pois utilizam a simulação do ato sexual ou acasalamento para resolver os conflitos.

Podemos então concluir, segundo os meus cálculos, que cada actual Homo Sapiens tem no seu crânio uma capacidade de armazenamento de cerca de 11 bolas de ténis.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Festival de Cannes

A Percepção do Mundo assinala o início do Festival de Cannes, dando nota dos filmes em competição:

BIR ZAMANLAR ANADOLU'DA, de Nuri Bilge Ceylan
DRIVE, Nicolas Winding Refn
HABEMUS PAPAM, de Nanni Moretti
HANEZU NO TSUKI, de Naomi Kawase
HEARAT SHULAYIM, de Joseph Cedar
ICHIMEI, de Takashi Miike
L'APOLLONIDE - SOUVENIRS DE LA MAISON CLOSE, de Bertrand Bonello
LA PIEL QUE HABITO, de Pedro Almodóvar
LA SOURCE DES FEMMES, de Radu Mihaileanu
LE GAMIN AU VÉLO, de Jean-Pierre et Luc Dardenne
LE HAVRE, de Aki Kaurismäki
MELANCHOLIA, de Lars Von Trier
MICHAEL, de Markus Schleinzer
PATER, de Alain Cavalier
POLISSE, de Maïwenn
SLEEPING BEAUTY, de Julia Leigh
THE ARTIST, de Michel Hazanavicius
WE NEED TO TALK ABOUT KEVIN, de Lynne Ramsay

e concedendo especial destaque a:

THE TREE OF LIFE, de Terrence Malick
THIS MUST BE THE PLACE, de Paolo Sorrentino

Martha Graham...

... nasceu há 117 anos.
Deixo uma imagem da bailarina e coreógrafa americana que revolucionou a dança moderna.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

"Porto Cale"

A Câmara Municipal de Cascais é responsável pelo vídeo que tem feito mais pelo orgulho nacional do que os discursos do Presidente da República. O vídeo "O que a Finlândia precisa de saber sobre Portugal", apresentado nas "Estoril Conferences", que decorreram na passada semana, está a ser replicado a grande velocidade nas redes sociais.
Só ficaram mesmo a faltar o Porto (cidade génese do nome do país), o Vinho do Porto (vinho mais apreciado no mundo) e o Futebol Clube do Porto (3º melhor clube do mundo, segundo a IFHHS), já que se tratam precisamente de três importantes símbolos da nação e ímpares representantes da nossa cultura e identidade.
Mas, segundo parece, estão a ser preparados novos capítulos em video para avivar a memória ao mundo.
Enquanto aguardamos por mais, vamos vendo este:

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Perda de Humanidade

























Homem de Vitrúvio, Leonardo da VInci (c. 1490)

Por me parecer interessante ser lido, transcrevo para A Percepção um artigo do jornal Público de hoje, sobre as opções feitas pelos actuais alunos portugueses e as respectivas escolhas de áreas de ensino:

João Valsassina não sabe dizer com exactidão mas calcula que é há sete ou oito anos que o seu colégio — o Valsassina, em Lisboa — já não abre a área de Línguas e Humanidades, por falta de alunos interessados. “Cheguei a ter duas turmas nessa área e no espaço de dez, quinze anos, passámos dessas duas turmas para a fuga total. Quanto muito temos dois, três alunos, que querem ir para Direito.” E nem vale a pena perguntar, porque é evidente — ninguém fala em ir para Literatura, Filosofia, História. “É um vazio assustador”, confirma o director.
E assim, neste momento, o Valsassina tem entre 67 e 70 por cento dos alunos na área de Ciências e Tecnologias, e, bastante mais abaixo na escala, alunos em Ciências Sócio-Económicas e Artes Visuais. “Tem tudo a ver com a empregabilidade”, constata. Em muitos casos são os pais que tentam convencer os filhos de que o melhor é estudar numa área que dê acesso a cursos como Medicina ou Engenharia. Antes ainda havia muitos interessados em ir para Direito, mas “a ideia que se começou a difundir de que há uma grande saturação nessa área, tal como na Arquitectura, leva os pais a dizerem aos filhos ‘não vás para aí, não tem saída’”.
Helena Lopes conhece bem essa conversa — não da parte dos pais, mas dos próprios professores e enfim... de quase toda a gente. “O meu interesse pela História começou cedo, mas terá sido com 14 anos que decidi que iria estudar História no futuro”, conta. “A vocação já estava lá adormecida desde criança, mas foi despertada por um professor que tive no 8.º e 9.º ano que nos mandava fazer trabalhos de pesquisa e transmitia a ideia de que a História não eram apenas datas de batalhas e nomes de reis, mas abrangia outras áreas, como a música, a literatura ou a pintura.”
Quando teve de escolher o agrupamento, Helena não tinha dúvidas. “Mas foi aí que comecei a ouvir os primeiros avisos”, recorda. “Como era muito boa aluna a todas as disciplinas, os meus professores de Matemática, por exemplo, não compreendiam porque queria seguir esse beco sem saída das Humanidades — ainda para mais nem era para estudar Direito. Na altura ouvi frases como ‘querer seguir História é como querer acabar a lavar escadas de um prédio’ ou ‘não faça esse erro, vai-se arrepender.”
Esta reportagem de Alexandra Prado Coelho pode ser lida na íntegra na edição de domingo, 8 de Maio, da revista Pública, à venda com o jornal PÚBLICO e/ou na edição para asssinantes "online".

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Cemitérios

E, a propósito dos dinheiros autárquicos e gestão dos cemitérios, diz o presidente da CML, António Costa:
"Por exemplo, se eu falecer, (...)"
Merecendo o comentário do presidente da CMP, Rui Rio:
"Você tem sorte, eu cá tenho a certeza que vou falecer."
Ao que responde António Costa:
"Mas isso é pq você está no final do mandato, eu ainda não, por isso tenho mais esperança de vida."

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Karl Marx

No dia 5 de Maio, há 193 anos, nascia o intelectual e revolucionário alemão Karl Marx.
Deixo aqui uma imagem sua.

Dez Mil

A Percepção do Mundo atingiu hoje as 10,000 visitas.
Obrigado a todos os que procuram ler-nos.