sábado, 6 de novembro de 2010

O Livro de Como se Fazen as Cores

A presença hebraica em Portugal traduziu-se, entre outras coisas, no enriquecimento da língua Portuguesa. A nossa língua, interpretada pelas comunidades judaicas e transportada pela diáspora como parte determinante da sua identidade cultural, acabaria por ser usada, tanto no dia-a-dia como no culto religioso, em casa, nas ruas e nas sinagogas do Velho Mundo e do Novo Mundo.
Assim nasceu e se espalhou o judeo-português, que, infelizmente, se viria a extinguir, na primeira metade do século passado, mercê da diminuição do peso relativo das comunidades sefarditas no conjunto das comunidades judaicas, da integração dos judeus nas sociedades nacionais e, por último, das perseguições sofridas nos anos 30 e 40 do século passado.
A obra que aqui se apresenta é um manuscrito técnico em língua judeo-portuguesa. O seu autor é desconhecido (talvez Abraham ben Judah Ibn Hayyim) e encontra-se, actualmente, na Biblioteca Palatina de Parma. Desconhece-se a data em que foi redigido (século XIII para uns, para outros o XV). O título condensa o objectivo do autor: fazer uma obra que ensinasse a produzir cores.
Caso pretendam consultar, recomendo que sigam esta hiperligação:
http://www.jmrg.org/strolovitch/disspage/4.pdf


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